NA INCUBADORA COM... ANTÓNIO GRILO
Na incubadora com... | 07-11-2023
Na terceira edição de "Na Incubadora com..." convidámos o Presidente da ANI – Agência Nacional de Inovação, António Grilo, para partilhar um pouco sobre a Agência Nacional de Inovação e o seu papel ao nível do apoio ao empreendedorismo de base científica e tecnológica e de Deep Tech.
Qual o apoio que a ANI tem dado às start-ups e spin-offs que saem das universidades e dos politécnicos portugueses?
Através do programa BfK – Born from Knowledge, a ANI tem vindo a apoiar e incentivar investigadores e estudantes que pretendam dar o salto para o empreendedorismo.
Um empreendedorismo de base académica, científica e tecnológica, que torna estas start-ups mais robustas do ponto de vista técnico.
O BfK Ideas é um concurso nacional de ideias de negócio oriundas das universidades e politécnicos. O BfK Rise é um programa de aceleração, com mentorias e capacitação dos projetos com maior potencial. O BfK Awards é uma distinção que se associa a outros parceiros, onde distinguimos start-ups “nascidas do conhecimento” científico e/ou tecnológico num estado mais avançado.
Para além do BfK – Born from Knowledge, a ANI e a Portugal Ventures têm a Call INNOV-ID, cuja 4ª edição está aberta até 22 de novembro, para financiar start-ups tecnológicas em fases de pre seed, seed ou early stage. Finalmente, ao nível do Horizonte Europa, a ANI promove o Pilar 3 dedicado às empresas e ao empreendedorismo, com programas como o EIC Accelerator, EIC Pathfinder e EIC Transitions, bem como o EIT – European Institute of Technology.
O Born from Knowledge já vai na sua 7ª edição, qual é o balanço que fazem deste programa bandeira da ANI?
Ao longo destes anos, já atribuímos mais de 80 prémios e distinções, entre o BfK Ideas e o BfK Awards, envolvendo cerca de 300 empreendedores académicos. Ao nível do BfK Awards, gostaria de salientar as parcerias com o Crédito Agrícola, BPI, Portugal Foods, APDC e Altice, as quais nos permitem chegar a mais start-ups, premiando aquelas nascidas da melhor investigação científica e tecnológica que se faz no nosso país. No dia 16 de novembro será a final do BfK Ideas, no Pavilhão do Conhecimento, estando certo que iremos voltar a distinguir start-ups com ideias de negócio promissoras.
A Call INNOV-ID também já vai na sua 4ª edição. Como é que a ANI pode apoiar no financiamento de start-ups tecnológicas?
A ANI e a Portugal Ventures criaram a Call INNOV-ID em plena pandemia, para dar resposta a uma falha de mercado ao nível de financiamento pre seed, seed e early stage, principalmente quando estava tudo parado.
Logo no primeiro mês, a Portugal Ventures recebeu 100 candidaturas, o que perspetivava a relevância deste instrumento no mercado. Até à data, a Call INNOV-ID já fez 55 investimentos, estando 10 novos investimentos em fase de conclusão. Ao todo, foram criados 250 postos de trabalho altamente qualificados, 40 dos quais para doutorados. Estas start-ups também já registaram 24 patentes, sendo importantes também na valorização do conhecimento.
Os excelentes resultados obtidos com estas três edições da Call INNOV-ID confirmam a nossa convicção de que em Portugal se produz conhecimento e inovação de base científica e tecnológica de excelência, competitivos a nível internacional e com capacidade de chegar ao mercado. A ANI está cada vez mais comprometida no apoio a start-ups Deep Tech, em áreas prioritárias como a biotecnologia, robótica, Inteligência Artificial, materiais avançados, computação avançada ou energias sustentáveis.
Através do SIFIDE - Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e ao Desenvolvimento Empresarial e do reconhecimento de idoneidade, a ANI possibilita que fundos de investimento elegíveis possam investir em empresas e start-ups que façam I&DT. Atualmente, estes fundos já angariaram 1,6 mil milhões de euros, sendo que 1,3 mil milhões ainda estão disponíveis para serem investidos em empresas com atividade em Investigação & Desenvolvimento Tecnológico reconhecida pela ANI.
É missão da ANI continuar a apostar em iniciativas e instrumentos que apoiem a transferência de conhecimento e inovação de base científica e tecnológica de excelência, através de parcerias colaborativas de sucesso, que acelerem e disseminem a inovação em Portugal.
