NA INCUBADORA COM... JORGE VULTOS SEQUEIRA
Na incubadora com... | 04-09-2023
Na primeira edição de "Na Incubadora com..." convidámos o Presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira e Presidente da direção da Sanjotec, Jorge Vultos Sequeira, a partilhar alguns dados relativos ao crescimento da Sanjotec, assim como a refletir sobre o futuro deste Parque de Inovação e Tecnologia.
Que balanço faz da atividade desenvolvida pela Sanjotec?
Os números falam por si, nomeadamente no que se refere ao desempenho das empresas incubadas, que é excelente. Veja-se que 2022, depois do período difícil da pandemia, foi o melhor ano de sempre em volume de negócios, atingindo os 81 milhões de euros. É ainda de assinalar, entre muitos outros reconhecimentos que fazem parte da história da Sanjotec, distinções como “Best Incubator/Accelerator Program | South Europe Startup Awards”, ”Entidade Dinamizadora do S. João da Madeira Industrial Living Lab”, “Membro da Rede de Incubadoras da Agência Espacial Europeia”, 1° prémio a nível nacional na categoria “Investimento nas competências empreendedoras” dos “European Enterprise Promotion Awards” (com o projeto “MAIS Tec”) e integração no “Innovation radar” da Comissão Europeia.
Acredita que é possível prosseguir nessa linha de crescimento?
Claramente, até pelo facto de as empresas do ecossistema empreendedor que é a Sanjotec demonstrarem um grande potencial de afirmação no mercado externo, onde tiveram origem quase 60 milhões de euros do volume de negócios registado no ano passado.
À luz desses bons resultados, como é que o município olha para o futuro deste parque de Ciência e Tecnologia?
A Sanjotec tem uma grande importância estratégica para o nosso município, tendo um peso muito importante na captação de empresas e na fixação de talentos, contribuindo para a centralidade de S. João da Madeira e para a atração de investimento que também se constata noutros espaços empresariais da cidade, como as zonas industriais. A Sanjotec deverá manter na sua génese o acolhimento de startups, com base fortemente tecnológica e inovadora, suportadas num ecossistema empresarial onde projetos consolidados servem de âncora para que novos projetos possam, de uma forma sustentada, desenvolver-se, desde o conceito até à sua internacionalização.
Mas a Sanjotec já começa a debater-se com falta de espaço…
É verdade, o que é um sinal inequívoco do seu sucesso. A Sanjotec iniciou a sua atividade em 2008, acolhendo 16 startups e tendo conseguido captar consecutivamente mais projetos empreendedores para a região ao longo dos anos, o que levou a que rapidamente atingisse as taxas de ocupação muito elevadas, com o edifício 2 a registar uma ocupação de 100% e o edifício 1 sempre muito perto disso. Mantendo uma elevada taxa de ocupação, em 2022, foi ainda possível na Sanjotec a entrada de oito novos projetos, o que é revelador de uma renovação necessária no papel que cabe às incubadoras em geral. Para garantir a entrada de novos projetos e taxas de renovação relevantes, estamos já a trabalhar no projeto de um terceiro edifício que irá apetrechar a Sanjotec com maior capacidade de oferecer às suas empresas espaços oficinais e laboratoriais.
